quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Release do Desafio dos Sertões.


Desafio dos sertões 2014, aconteceu nos dias 15, 16 e 17 de agosto na região de Campo Formoso/BA. 

Nossa equipe foi composta de 14 atletas, divididos em 4 equipes, 3 quartetos na prova de 120 km e uma dupla na prova de 50 km. Todos saímos na sexta-feira para Campo Formoso onde aconteceria o Briefing. 
O Desafio dos Sertões começou surpreendendo a todos com o casamento de Lu e Victor, ambos da equipe Aventureiros do Agreste. Nossas equipes foram dormir em Senhor do Bonfim na casa de Neuber e Gabriela, que nos acolheu em sua residência com muito carinho e, vale ressaltar, carinho e banho quente rsrsrsrsrsrsr.
Levantamos cedo no sábado e começamos a arrumar as coisas pois precisávamos estar  em Pindobaçu para deixar as bikes até ás 08h00 e partir para a largada. Acabamos nos atrasando muito e não deu tempo da turma tomar café da manhã :(, correr 120 km sem se alimentar ia ser duro; Para nossa sorte, Alex Tenório (Pelaskdo A&A) conseguiu pelo menos um pouco de comida para colocarmos no estômago, e graças a Deus, no local da largada a organização do Desafio dos Sertões tinha um café da manhã de frutas, para nossa alegria rsrsrsrsrsrs.
Foi dada a largada, mais de 100 atletas de diversos lugares da Bahia e do Nordeste dispostos a enfrentar 120km e 50km de muita aventura. Minha equipe, Pelaskdo Aventuras, era composta por Felipe, Zylkson, Paloma e Átila. Inicialmente eram 6 km de corrida, tivemos que intercalar entre corrida e caminhada, pois existiam trechos de subidas e um desgaste naquela momento poderia nos custar caro mais tarde.  

Chegamos na transição da corrida para o remo e tivemos a notícia que somente dois atletas do quarteto iriam remar, então optamos por Felipe e Átila, mais experientes no remo. Os dois estavam em excelente sincronia e acabaram passando várias equipes, inclusive quartetos, saindo em 1º lugar nessa modalidade entre os quartetos.
Após pousar para as fotos e recolhermos nossas mochilas, outra transição, agora do remo para a corrida.

Nesse trecho, a organização avisou que a navegação ia ficar difícil, e ficou viu?! Logo na saída da transição o quarteto da Insanos nos passou e acabamos ficando em 2º lugar. Chegou um trecho que não havia trilhas e quebramos mato subindo e seguindo a brilhante percepção e experiência de Felipe que avistou uma árvore após serra e disse: “É por aqui, não vamos seguir ninguém”. Ao chegar no topo, avistamos o estradão indicado no mapa, mas para chegar nele teríamos que fazer uma descida inusitada, mas muito prazerosa (Zylkson foi quem mais curtiu quando encontrou a pedra no 'sky bunda' rsrsrsrsrs). Nossa equipe chegou em Pindobaçu PC 3, fizemos uma transição muita lenta e com calma, nos hidratamos bem, enchemos as mochilas de hidratação, e nos alimentamos, antes mesmo de sairmos chegou mais um quarteto, o Terra Brasilis.
Então lá fomos nós rumo ao PC 4, levando com a gente a equipe Pró Vigor (Neuber e Gabriela) e uma equipe de Campo Formoso, ambas equipes na prova de 50 km. Nesse trecho a navegação não foi tão complicada e batemos o PC 4, mas ali começou o principal inimigo, o frio, e muito frio. 
Deixamos as bikes e fomos bater o PC 5, o rapel, no começo parecia que a navegação iria ser fácil, passamos pelo rio e subimos, caminhamos horas e horas, até que percebemos que estávamos perdidos mais uma vez; então nossa equipe decidiu voltar para o último lugar de referência que, naquele momento, era o rio; Nessa volta encontramos várias duplas descendo por uma trilha secundária indo para o PC4, eram os Insanos Cavalos do Sertão (Neto e Luizinho), Insanos Katenga e Caatinga Extreme. Então decidimos esperar essas duplas descerem para andarmos juntos, foi ai que recebemos a notícia que o PC 5 havia sido cancelado, então fomos para o PC 6, transição do trekking para a bike. Novamente fizemos uma transição lenta, pois fazia muito frio. Paloma logo encheu a blusa de Gatorade, que não sabemos como ela conseguiu isso, mas bebemos Gatorade durante toda a prova rsrsrsrs.  Seguimos juntamente com as duplas que encontramos no caminho. Esse foi o pior trecho da prova, muita lama, frio (Paloma nem da bike descia na tentativa de se manter aquecida), chuva, fome e a preocupação com Neto (Cavalos do Sertão). Ele sentia muito frio e poderia ter uma hipotermia, tentamos ajudar pegando a manta térmica, mas descobrimos que ela não estava na bolsa, tentamos então animá-lo para que não desistisse e deu certo até o PC 8, onde sua equipe decidiu parar.  Quase iamos esquecendo de contar, indo para o PC 7,  Átila acabou ficando sem freio, descobriu em uma ladeira e passou pela gente gritando: “to sem freio, tô sem freio, me ajuda”, sem dúvidas,  Deus que o segurou! Ufa! Nos livramos de um acidente. Agora que passou, podemos rir kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Batemos o PC 8 em Campo Formoso, era a transição da bike para a corrida, muitas equipes pararam ali, mas nossa equipe quis continuar e fomos bater o  PC 9 que seria o do Cristo. Nossa equipe queria mesmo era descansar da bike, Átila já estava todo assado e sem freio. 
Fizemos o PC9 rápido, passando a Insanos Origin (Davi e Cássio), ficaram até surpresos quando chegaram no PC 10 e nós já estávamos lá, acharam que a gente nem tinha ido no Cristo. Fizemos a transição do trekking para bike no PC 10.

O pior trecho da navegação foi indo para o PC 11. Antes de sairmos os campeões da prova estavam chegando a Campo Formoso, Gantuá Perdidão (Bruno e Cleverson) e Insanos (Gil Bala e Alan). Seguimos então para o PC 11, na saída da cidade, a gancheira do câmbio da bike de Felipe quebrou, ali começava um empurra bike de 4h00, e para piorar, nossa equipe perdeu a entrada e rodamos mais do que devíamos e acabamos perdidos, mais uma vez; Zylkson sempre nos incentivando e apoiando qualquer decisão que nosso navegador tomasse, já desgastados e cansados decidimos parar para dormir por 1 hora. Ficamos desanimados em tomar essa decisão, pois sabíamos que esta parada poderia nos custar o lugar no pódio, mas arriscamos, era tudo ou nada, nossos corpos precisavam de descanso. Dormimos 05h00 e às 6h00 da manhã, levantamos e voltamos para um ponto de referência, para então buscarmos o   PC 11. Chegamos em um cruzamento e Felipe pediu que todos ficassem se alimentando que ele iria ver se o PC era após uma ladeira/subida que ficava para o lado direito do cruzamento. Ele não queria que a equipe se desgastasse indo até lá e tendo que voltar depois. No retorno, ele parou com a galera e resolveu fazer as contas se valia a pena bater o PC 11 ou desistir, pois já era tarde e tínhamos que bater o PC 12, PC 13 e a chegada - isso tudo empurrando as bikes; A decisão foi unânime, todos queriam seguir! Quando achamos o PC 11 – foi sensacional rsrsrs -  estava Daniel e Adilson da Qualitá, ambos já estavam deixando o PC de tanto nos esperar rsrsrsrs, porém chegando no PC descobrimos que ainda éramos 2º lugar e que nenhum outro quarteto havia nos passado, foi uma alegria só. Daniel disse: “Agora, é só chegar”. Apesar de sabermos que teríamos que voltar para Campo Formoso e que a cidade estava um pouco longe e  que tínhamos 3 bikes com problemas (1 câmbio quebrado e duas sem freio), estávamos muito alegres! No retorno, resolvemos reversa entre rebocar e empurrar as bikes. A turma  dos “sem freio”, Átila e Paloma, só desciam as ladeiras se elas fossem pouco ingrimes e se logo a frente houvesse uma subida...enquanto Felipe rebocava Zylkson em cima da bike com a gancheira quebrada. E assim, iamos devagar rumo ao nosso 2º Lugar. Num cálculo errado – e para finalizar a lista de emoções - Paloma também acabou o freio por completo e em uma ladeira desceu a toda velocidade gritando: “ Felipe, tô sem freio”, Felipe (que estava logo a frente rebocando Zylkson) logo desceu da bike e pulou na frente da bike dela , foi só o voo, Paloma decolou rsrsrrs, e graças a Deus não teve nada, e assim entre troncos e barrancos, frio e chuva, descidas emocionantes, muita cumplicidade, muitas resenhas, muitas risadas, conseguimos chegar em Campo Formoso e  sermos aplaudidos pelos presentes, como o 2º lugar, dos quartetos, Desafio dos Sertões .